
O policial militar reformado Jorge Angélico Nolasco completa 98 anos nesta sexta-feira, 12/07/2019, com uma saúde e uma lucidez de dar inveja a muita gente jovem. Ele chegou a Barra de São Francisco em 1946, vindo de Muqui, no sul do Estado, para integrar as forças policiais que guardavam a região, em pleno conflito territorial entre Minas Gerais e Espírito Santo, que foi batizado de Contestado.
Nolasco conta que assistiu e ajudou, junto com a tropa, na construção da antiga Cadeia Pública, que fica no alto da rua Juiz Thaurion Pimentel, na esquina com a rua Astrogildo Romão dos Anjos, também foi professor e hoje, é empresário no ramo de papelaria.
Sempre disposto a contar a história (dele) e da cidade que adotou para viver, “Seu Jorge”, como é mais conhecido em Barra de São Francisco, lembra que a antiga Cadeia Pública, onde hoje é a sede do 11º BPM abrigava, nas décadas de 50 e 60, o contingente policial militar destinado para a região com o objetivo de proteger as divisas do Espírito Santo e, por isso, foram chamados de Sentinelas Capixabas.
“A gente tinha até um rancho (cozinha) nos fundos do prédio, onde todos os soldados tomavam suas refeições”, recorda ele.
Em março de 2015, a regional de Barra de São Francisco da Associação dos Militares da Reserva, Reformados, da Ativa da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e Pensionistas de Militares do Estado do Espírito Santo (Aspomires), prestou homenagem a “Seu Jorge” concedendo-lhe o título de “Homem de Honra” e o Diploma “Construtores da Paz”.
Evangélico da Igreja Cristã Maranata, do centro da cidade, Seu Jorge circula diariamente pela cidade à pé e não perde um dia de feira livre. Todas as quartas e sábados ele pode ser visto bem cedo comprando legumes, verduras e outros itens alimentares. Logo bem cedo, faz o trajeto entre a sua casa, atrás do posto Ouro Verde até a igreja Maranata, onde costuma fazer pequenos serviços domésticos, como varrição e capina.
Dos tempos do Contestado ele gosta de contar a história da inauguração do antigo Clube das Perobas, hoje sede da Casa da Cultura, na rua Prefeito Manoel Gonçalves, perto do Hospital Dr. Alceu Melgaço Filho (Hedamf). A obra foi realizada graças a doações de empresários e proprietários rurais francisquenses.
‘Seu Jorge’ gosta de contar um episódio pitoresco do Clube das Perobas (Foto: Casa da Cultura/Arquivo)
“Na época, já no final da década de 50, os policiais sem patente de oficial (soldados, cabos, etc…) não puderam frequentar o local. No dia da inauguração, foi uma festa muito grande e vieram muitos convidados de Mantena (MG), apesar de estarmos em pleno conflito do Contestado. Como lá em cima não tinha lugar para estacionar, os veículos ficaram cá embaixo, na avenida Jones dos Santos Neves.
Quando a festa terminou e os proprietários dos veículos desceram, encontraram a maioria dos carros danificados, com a pintura arranhada, poltronas rasgadas…Disseram que foi ‘arte’ dos policiais, que se vingaram dos ricos e oficiais por não terem sido aceitos”, contou ele aos risos à nossa reportagem, mas logo disse que ele não participou e nem viu quem fez as traquinagens.
“Seu Jorge” também esteve lutando pelo Brasil e os “Aliados” na 2ª Guerra Mundial. Ele conta que participou de batalhas na Itália, quando integrou a Força Expedicionária Brasileira (FEB), sendo hoje, um dos poucos remanescentes da FEB em Barra de São Francisco.
Fonte: ocontestado (Weber Andrade)
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