Por G1
Sede da Petrobras no Rio de Janeiro — Foto: Daniel Silveira/G1
A Caixa Econômica Federal vai tentar vender as 241,34 milhões de ações da Petrobras que o banco detêm. Para que a operação seja realizada, a petroleira disponibilizou nesta segunda-feira (10) o prospecto preliminar de uma oferta secundária de ações.
A oferta, que envolverá distribuição no Brasil e no exterior, sob a forma de American Depositary Receipts (ADRs, ou recibos que correspondem a ações negociadas no Brasil), pode movimentar um total de cerca de R$ 7,2 bilhões, se considerado o preço de fechamento das ações da petroleira estatal em 7 de junho (R$ 29,85), segundo a Reuters.
Em abril, a Petrobras já havia informado que a Caixa estudava a possibilidade de vender ações que detém na companhia. A Caixa possui atualmente participação acionária de 3,2% na composição do capital social da Petrobras, segundo dados de fechamento de março.
A oferta será coordenada por UBS (coordenador líder), Morgan Stanley, Bank of America Merrill Lynch e XP Investimentos. O preço por ação será fixado após conclusão do procedimento de coleta de intenções de investimento junto a investidores institucionais.
Segundo cronograma disponibilizado no prospecto preliminar, o preço deve ser fixado em 25 de junho, com anúncio de início no dia seguinte. A data de liquidação prevista é 28 de junho.
A Petrobras acrescentou, entretanto, que a oferta de ações dependerá de aprovação da CVM e da SEC (órgãos reguladores do mercado de capitais no Brasil e nos Estados Unidos) bem como de “condições favoráveis dos mercados de capitais nacional e internacional”.
Segundo o prospecto, até 30% da oferta pública de ações ordinárias da Petrobras detidas pela Caixa serão vendidas a investidores de varejo. O valor mínimo de investimento para investidores de varejo é de R$ 3 mil por pessoa, enquanto o máximo é de R$ 1 milhão.
Em entrevista à Reuters, no mês passado, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, havia afirmado que pretendia usar os recursos de um plano de desinvestimentos para recursos que serão usados sobretudo para devolver recursos recebidos do governo via instrumento híbrido de capital e dívida (IHCD) e para investimento no próprio crescimento do banco.