Um incêndio, provavelmente criminoso, atingiu ontem, 14, no início da noite, uma área de mais de 2,5 hectares entre os bairros Colina e Vila Miniguite. O fogo começou no final da tarde, quando os Bombeiros foram acionados, mas a força das chamas prejudicou muito o trabalho de mitigação do incêndio.
De acordo com o cabo BM Fuzari, os incêndios provocados naquela área acontecem quase todos os anos. Segundo ele, relato de um pecuarista e proprietário rural daquela área, um dos maiores problemas do local, nesta época do ano, é que jovens que gostam de soltar pipa, usam o alto do morro e costumam “limpar” a vegetação colocando fogo nela, para assim falicitar o recolhimento das suas pipas quando caem.
No ano passado, os incêndios criminosos na zona rural e urbana de Barra de São Francisco e região se transformaram na maior “dor de cabeça” para os Bombeiros do 1º Posto Avançado dos Bombeiros (PABM).
Para se ter uma ideia, de setembro de 2018 até julho de 2019 foram registradas 121 ocorrências de incêndios em vegetação, média de uma a cada 2,5 dias. Nesse período foram queimados o equivalente a mais de 250 campos de futebol, ou seja, cerca de 250 hectares.
A situação, na época, chegou a tal ponto que os Bombeiros estavam tendo que escolher entre priorizar o atendimento a chamados de socorro para acidentes e problemas de saúde ou o combate ao fogo.
“Nunca tinha visto uma situação como essa, as queimadas, quase sempre começam a acontecer em setembro, mas este ano (2019), desde abril estamos enfrentando incêndios em áreas de pasto”, lamentou o comandante do 1º PABM, sargento BM Fernando Paulo.
O Corpo de Bombeiros disse que quase todos os incêndios são propositais e criminosos e alguns põem em risco a vida de pessoas na área urbana.
Por: Weber Andrade (ocontestado)